No dia 20 de novembro, comemora-se o dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra no Brasil. Essa data não pode nunca ser esquecida: em 1695, nesse mesmo dia, Zumbi foi assassinado em uma emboscada, depois de liderar por quase 20 anos a resistência no Quilombo dos Palmares. Mesmo após 130 anos da abolição da escravidão, as correntes que prendiam os escravos continuam presentes, agora invisíveis, condenando os negros brasileiros às piores condições de vida e de saúde e massacrando sua juventude por meio do racismo institucional.
Desde 1999, 20 de novembro também é lembrado internacionalmente como o Dia Internacional da Memória Transgênera. O objetivo da data é lembrar do assassinato brutal de Rita Hester, mulher trans afroamericana, assassinada em 1998 em Massachusetts, ano que a TGEU inicia o monitoramento global dos assassinatos por crimes de ódio, contra pessoas trans e travestis.
De acordo com o Monitoramento de Assassinatos, Suicídios e Mortes Brutais de Pessoas Trans no Brasil, do ano de 2020, feito por nós da Rede Trans Brasil, publicado em 2020, ao somarmos pessoas negras 40 (quarenta), pardas 15 (quinze), indígenas 1 (um) e sem identificação 80 (oitenta), temos um total de 73,91% em relação aos 26,09% de pessoas identificadas como brancas, quando foi verificada a continuidade do processo de aprofundamento da desigualdade racial nos indicadores de violência letal no Brasil, atingindo de forma brutal travestis, mulheres trans e homens trans negras e negros.
A Rede Trans Brasil se solidariza com as pessoas negras que sofrem qualquer tipo de racismo e se coloca à disposição de pessoas trans negras para que juntes possamos lutar por dias melhores, com menos racismo e transfobia.