O ImPrEP, Projeto para Implementação da Profilaxia Pré-exposição ao HIV no Brasil, no México e no Peru, foi lançado oficialmente em uma solenidade realizada no dia 12/07/2017, no campus da Fundação Oswaldo Cruz-FIOCRUZV, em Manguinhos (RJ). O projeto tem como objetivo contribuir para a implementação da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) como estratégia de prevenção ao HIV nos três países citados acima, focando nos grupos populacionais mais expostos ao vírus: homens que fazem sexo com homens, mulheres transexuais e travestis.
Algumas instituições nacionais foram convidadas a se fazerem presentes para participar de uma reunião exclusiva com o movimento trans do Rio de Janeiro e representações do movimento social nacional. O projeto já está presente em 15 centros pelo país, sendo possível encontrá-lo em 12 cidades, dentre elas nos estados da Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
Apesar de o projeto ser especifico para HSH, Mulheres Travestis e Transexuais, dos três países citados, o Brasil foi o único que também se propôs a trabalhar a adesão de Homens trans e jovens de 15 a 19 anos que se encaixam nas características possíveis para ter acesso a PReP.
A Rede Trans, com a experiência pioneira no Brasil de aplicação de censo demográfico da população trans, pode contribuir com a experiência de está com essa população diariamente, além da prevenção e distribuição dos insumos feitas pelas instituições associadas a REDE, pode-se também elaborar um questionário exclusivo para pessoas trans que foi aplicado em 2017, que futuramente colaborará para um numero quantitativo de pessoas trans no Brasil por amostragem.
Na oportunidade a Rede TRANS, pode dar dicas de como a FIOCRUZ poderia aplicar e chegar nesse recorte populacional desse segmento, uma vez que sofrerem tantos estigmas e acabam se sucumbindo ao mercado da prostituição e encontrando-as apenas nas ruas onde oferecem seus trabalhos sexuais.
A Rede TRANS propôs que o questionário que a FIOCRUZ pretende elaborar para a pesquisa no IMPreP , fosse feita em duas versões, uma impressa (física) e outra on line, na física era primordial usar uma linguagem inerente a usada pela população e de fácil entendimento, também que a aplicação dos questionários fossem feitas pelos seus pares, ou seja, de trans para trans, e por fim, falou-se do horário, que deveria ser noturno e além dos pontos de prostituição, a pesquisa tivesse aderência em republicas e locais freqüentados por trans, por fim a Rede agradeceu a participação nessa reunião e pousou pra fotos com as lideranças locais do Rio de Janeiro.