A Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil – REDETRANS teve sua fundação e registro no ano de 2009, instituição nacional que representa as Travestis e Transexuais do Brasil.
O Brasil após uma árdua luta social vem avançado no campo do reconhecimento jurídico no reconhecimento de identidade de gênero de pessoas trans, proporcionando melhorias concretas para estas vidas Trans, mas ainda se enfrenta resistências a estes avanços, um exemplo deste tipo de postura conservadora se configurou no debate sobre o tema gênero no carnaval de Friburgo, no Rio de Janeiro nas escolas de Samba do grupo especial do município.
A Constituição Federal que já assegura o respeito à diversidade no Brasil precisou da decisão do STF onde garante que todo cidadão tem direito de escolher a forma como deseja ser chamado, ao reconhecer que pessoas trans podem alterar o nome e o sexo no registro civil sem que se submetam a cirurgia o STF garante o princípio do respeito à dignidade humana.
A Rede Trans Brasil reafirma sua postura e espera que toda sociedade preze pela desconstrução dos preconceitos que geram violências e sofrimento, que as escolas de samba e todos espaços de sociabilidade se paute pelos valores da igualdade e da não discriminação, minimizando assim o atual quadro de exclusão social da população de pessoas trans ainda desprovida na sociedade de igualdade em oportunidades de vida social.
Com isto, promovemos nosso sincero louvor a passista Francisca Monteiro de Souza, que desde fevereiro de 2019 teve sua dignidade garantida com alteração de todos os documentos, a postura digna e cidadã da Liga das Escolas de Samba de Nova Friburgo e a escola do grupo especial Alunos do Samba, entrando em defesa e garantindo o direito da cidadã transexual.
Repudiamos a postura nada condizente da escola de samba Unidos da Saudade que pertence ao grupo Especial de Escolas de Samba, pois ao entrar com um recurso na Liga das Escolas de Samba de Nova Friburgo (Liesbenf), alegando que um homem teria desfilado na ala das baianas a escola de samba se coloca no lado do retrocesso social, sendo transfóbica inclusive com as declarações arcaicas e sem conhecimento de causa proferida por representantes da mesma.
Tathiane Aquino de Araújo
Presidente Rede Trans Brasil
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