O Dia 25 de julho, desde o ano de 1992, se transformou em um marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. A data foi criada a partir do I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana (Cáritas Brasileira).
Essa data nos faz refletir sobre nós, mulheres negras cis e trans, na sociedade atual e, também uma profunda reflexão sobre a nossa ancestralidade, assim como o racismo e a transfobia contribuem para a desigualdade social no Brasil.
A Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (Rede Trans Brasil) reafirma uma de suas pautas e compromisso junto a luta da população de Mulheres Travestis e Transexuais Negras ao enfrentamento do racismo e da transfobia. Compreendemos que pautar um mundo que busque a transformação social de sociedades desiguais que se baseiam em sistemas opressores precisamos considerar o enfrentamento a discriminação e preconceito racial como parte essencial de sua luta (CFEMEA.ORG, 2017).
O papel dessas mulheres na construção da sociedade traz consigo uma grande história de sofrimento, exploração e resistência. A população trans e negra no Brasil exige luta diária, aonde nos é imposto cotidianamente o enfrentamento a toda opressão racista e transfóbica em virtude a nossa cor e identidade de gênero.
“É preocupante o grande número de assassinatos de mulheres trans e travestis negras em nossa sociedade. O que nos faz alertar que essa população passa por um real genocídio/ transfeminicídio em nosso país. Isso mostra o quanto continuamos vulneráveis e excluídas da sociedade”, diz Heymilly M, filiada Rede Trans Brasil. O que todas nós queremos é a igualdade, o respeito, a cidadania, a inclusão social, a afirmação de direitos aos nossos corpos e uma sociedade justa, sem racismo e sem transfobia.